Neste post vamos apresentar algumas tendências do marketing digital que já estão por aí, mas que em 2022 darão um passo significativo para se consolidarem como práticas regulares no mercado.
Nossos especialistas e analistas da conjuntura nacional e internacional da adtech e e-commerce no mundo identificaram algumas das mais promissoras tecnologias que já podem ser vistas nos maiores players e que a partir desse ano se espalharão também entre os pequenos e médios comércios online. Então, se você faz parte desse mundo e não quer ser deixado para trás, anote as dicas a seguir.
1. Experiência por voz
Usuários Apple já estão acostumados com a presença da Siri. O Windows e sua Cortana já estão instalados nos sistemas operacionais em muitos computadores e smartphones, assim como os assistentes de voz do Google e Android.
Esses dispositivos fazem parte do cotidiano dos consumidores e, aos poucos, estão incorporando funções que os ajudam também em suas jornadas de compra. Um estudo da Juniper Research informou que as transações do comércio via dispositivos de voz tiveram um aumento de US$ 4,6 bilhões até o final de 2021, com a possibilidade de alcançar US$ 19,4 bilhões até 2023. E a demanda não para de aumentar. A base instalada desses dispositivos tem uma expectativa de crescimento superior a 50% entre 2021 e 2023.
Um bom exemplo disso é a Alexa, da Amazon, cuja tecnologia vem incorporando novas habilidades que já aceitam comandos de voz para compras feitas na Amazon.
2. Relacionamento via bots
A Inteligência Artificial (IA) está se tornando cada vez mais acessível e habilidosa nos serviços personalizados de relacionamento com clientes. Desse aprendizado, muitas empresas estão dando personalidades aos seus bots e evitando a sensação de algo artificial demais. É o caso, por exemplo, da Lu, da Magazine Luiza, uma personagem virtual onipresente tanto no ambiente virtual da Internet quando na publicidade tradicional em TV e impressos.
Essa tecnologia vem sendo aprimorada para oferecer um serviço mais humanizado e personalizado para os clientes, sendo que essa já é uma tendência que tem movimentado o mercado. Com a perspectiva positiva de um aumento de 24% anual culminando em 1,23 bilhão de dólares de investimentos nesse setor, os bots para relacionamento com o cliente já se mostram uma opção bastante interessante na integração da automação com a interação direcionada ao consumidor, prática que continuará sendo utilizada.
3. Conteúdo gerado pelo usuário ou user generated content (UGC)
Cada vez mais as pessoas vêm seguindo nas redes sociais as recomendações de influenciadores digitais e não de famosos e personalidades. Com isso, o conteúdo gerado por esses usuários que se transformam em referências é cada vez mais valorizado pelos consumidores em suas jornadas de compra.
A participação de usuários na definição de estratégias de marca também é uma tendência forte. A participação deles nos canais das marcas com o intuito de ajudar a apresentar novos produtos ou ajudar novos consumidores a experimentar a marca pode levar a um crescimento de engajamento de cerca de 30%, segundo estudo da Deloitte.
E este movimento não se apresenta apenas entre usuários fora das empresas. Os ‘Influenciadores Internos’, funcionários que se transformam em influenciador digital da própria marca, também estão em alta e cada vez mais despertam a curiosidade e ajudam o público a conhecer e comprar produtos.
Ainda, há também os ‘curadores júnior’: jovens referência na organização de conteúdo das redes. Não são criadores de conteúdo em si, mas têm papel importante como organizadores da informação dispersa nas redes de forma a ajudar outros usuários.
4. Social selling e marketing interativo
Na esteira da tendência acima, as marcas estão optando por substituir as estratégias envolvendo grandes influenciadores pelo que tem sido chamado de Key Opinion Leaders (KOL) ou Líderes-chave de opinião.
São esses perfis de alcance menor, mas de alto engajamento, que vem sendo incentivados por marcas a gerar conteúdo de qualidade e representá-las em eventos promocionais online… o que nos leva à próxima tendência.
5. Live commerce e mercado live stream
Este fenômeno que ganhou corpo com a pandemia seguirá sendo uma das apostas do marketing para 2022. Quem não assistiu ou participou – ou ao menos ficou sabendo – de lives com especialistas, formadores de opinião e famosos nas redes sociais durante as fases de lockdown e distanciamento? O social selling, ou venda social, é um mecanismo de criação de relacionamentos e vendas por meio das redes sociais.
As redes sociais se provaram mais do que um espaço de criação de relacionamentos e interatividade entre empresas e seus consumidores, mas também um ótimo local para se identificar leads, prospects e engajar para a venda. Muitas dessas plataformas inauguraram ambientes específicos de venda como Instagram Shopping e o Facebook Marketplace, ou implementaram soluções criativas como as live commerce ou shop streaming que têm ganhado destaque por transformar as transmissões ao vivo em uma ferramenta fundamental para manter e fortalecer as vendas do varejo. Esse novo formato se utiliza das lives para aproximar o consumidor da marca de maneira prática, gerando oportunidade de interação e relacionamento, por não mostrar os produtos apenas, mas também ao oferecer entretenimento, interação e informação.
Agora, essa prática vai se estendendo para fora das redes e ganhando espaço fora da web. As Lojas Americanas firmaram parceria com o Big Brother Brasil e conseguiram mais de 6,8 milhões de buscas pela marca na internet e, com o uso de QR Codes aplicados à tela durantes os momentos decisivos e de alta audiência, a parceria conseguiu migrar a audiência da TV para o app da marca.
6. Entrega imediata e eco-consciente
A pandemia valorizou os serviços de delivery e o consumidor se acostumou a receber suas compras de forma segura e rápida sem sair de casa. E isso vale para qualquer categoria, inclusive itens de mercado que chegaram no delivery para ficar.
Agora vemos esse serviço ser um ponto importante na concorrência entre e-commerces, cada um se esforçando para entregar de forma mais rápida e com os menores custos possíveis. Assim, investimentos em processos de fulfillment estão na prioridade de todas as empresas grandes e pequenas do comércio online.
Esta demanda por rapidez e consistência, no entanto, não vem sozinha. Aliar sustentabilidade e conveniência é a missão das empresas para se diferenciarem e atrair consumidores cada vez mais conscientes.
7. Re-commerce
Plataformas de revenda também estarão em alta em 2022. Segundo a OLX, 39% dos brasileiros entrevistados em pesquisa já havia comprado algum produto usado na internet em 2021. Dentre eles, 45% o fizeram após o início da pandemia. Plataformas genéricas como a própria OLX, Mercado Livre e Enjoei estão em franca aceleração, mas outras plataformas dedicadas a produtos específicos também chamam a atenção. É o caso do site Meu Game Usado que, desde 2015, oferece um espaço de compra e venda de jogos, consoles, acessórios e vários outros tipos de produtos de segunda mão, com a garantia de 6 meses, que não para de crescer.
8. Experiências 3D
Quanto mais engajado, mais propenso está o consumidor a efetivar a compra. Na busca por este engajamento, os estrategistas de marketing têm que ficar atentos à evolução das tecnologias mais capazes de envolver e promover um ambiente cada vez mais interativo.
Nesse sentido, o desenvolvimento de sites mobile e desktop, apps e até a arquitetura das lojas físicas contam para transformar a jornada de compra em uma boa experiência. A marca de tintas Coral, Suvinil e Lukscolor investiram em apps de simulação de ambientes que promovem uma experiência difícil de se dar nas lojas físicas.
Além disso, novas tecnologias de realidade aumentada prometem levar aos consumidores experiências ainda mais interativas, aumentando sua propensão às novas visitas e, finalmente, às compras.
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