Nos EUA, quem gostava de usar a loja online da Starbucks para comprar seus deliciosos cafés ou as belas canecas da marca, pode esquecer.
Em plena era digital, por que será que a empresa decidiu fechar sua loja online? Hoje, alguns varejistas estão investindo na direção contrária. Várias marcas querem aumentar a conexão com seus consumidores, mas na vida real. A Starbucks, a rede de cafeterias favorita dos EUA – e queridinha no Brasil – lidera essa tendência e acabou de fechar definitivamente sua loja online.
Veja por que e como outras marcas estão inovando no espaço offline:
Starbucks fecha loja online
Faz algumas semanas, a Starbucks revelou por que está reforçando sua estratégia para o varejo físico e por que encerrou a loja online: a empresa quer simplificar todos os canais de vendas e enfatizar experiências únicas e imersivas nas lojas físicas. Nos últimos meses, a rede de cafeterias implementou várias mudanças. Anunciou, inclusive, o fechamento de aproximadamente 400 lojas Teavana (subsidiária especializada na venda de chás) até 2018. Embora os produtos da marca Starbucks ainda estejam disponíveis por meio de outros varejistas do e-commerce – supermercados e Amazon –, está claro que a empresa aposta no varejo físico.
Sobre o futuro do e-commerce, o presidente da Starbucks, Howard Schultz, disse a investidores em abril deste ano:
“Para vencer no mundo de hoje, o varejista deve proporcionar ao cliente a oportunidade de vivenciar a experiência. A maior parte dos produtos e serviços não pode estar disponível online – e não pode estar disponível na Amazon.”
Os fãs da Starbucks ainda podem usar o smartphone para fazer pedidos através do app da marca (mas retirá-los em uma loja física). No entanto, em uma lista detalhada de FAQs (perguntas frequentes), sobre o fechamento da loja online, a empresa encoraja os clientes a visitarem suas lojas físicas para comprar seus produtos, como canecas ou cafés.
Varejistas aumentam opções de entrega
Para aumentar as vendas e conquistar mais consumidores por meio de entregas rápidas, alguns varejistas brasileiros passaram também a oferecer a opção de retirada na loja física quando o cliente compra online.
Um exemplo é o PontoFrio, que coloca em destaque produtos que podem ser retirados nas suas lojas físicas no dia seguinte. Além de oferecer mais essa opção de entrega aos seus clientes, a varejista aumenta a possibilidade de vender mais produtos nas lojas físicas, onde estão outras ofertas e a equipe de vendas está disponível para ajudar.
A rede de supermercados Pão de Açúcar também se lançou no mercado online com promoções e ofertas especiais. Antes de fechar a compra, o cliente pode escolher qual a loja em que deseja retirar os produtos e o horário de retirada – inclusive no mesmo dia da compra, suprimindo assim o custo do frete.
Portanto, embora o cenário das compras digitais continue a mudar, os touchpoints físicos tornam-se cada vez mais importantes. Aquela cafeteria confortável, com cheirinho de fazenda, pode proporcionar ao consumidor momentos de puro prazer e o desejo de voltar. E aquele supermercado gigante pode salvar seu jantar inesperado em pleno domingo, disponibilizando todos os ingredientes que você precisa. Ou seja, momentos na vida real constroem o diferencial da marca. A excelência offline pode ser a chave para atrair e fidelizar os consumidores de hoje, cada vez mais exigentes. Mas isso requer uma estratégia consistente e muito bem executada.