Os consumidores de hoje são mais conscientes e exigentes do que a geração anterior. Sabem o que querem e têm poder de decisão. Ken Hughes, especialista em comportamento do consumidor, criou o termo “consumidores de ponto azul” (blue-dot consumers). No caso, o ponto azul sinaliza a localização do usuário em um mapa digital. A rota muda a toda hora, mas o ponto azul é constante, o que significa que a mudança ocorre em função do consumidor, que está no centro de todos os negócios. Portanto, para vencer no atual cenário, é preciso entender cada vez mais o seu cliente.
Experiências personalizadas, segmentadas e omnichannel, tanto online quanto offline, devem ser prioridade para toda empresa que deseja disputar o consumidor e manter-se à frente da concorrência. É exatamente por isso que marcas e varejistas devem usar da melhor forma possível os dados de que dispõem para aproveitar ao máximo as soluções de Inteligência Artificial (IA).
Veja quatro maneiras de como a IA vem revolucionando o varejo:
1. Melhor atendimento ao cliente e mais eficiência
Além de otimizar a experiência do cliente no espaço digital, a tecnologia de IA também já é utilizada por lojas físicas e vem transformando radicalmente o serviço de atendimento ao consumidor. A Lowe’s, por exemplo, uma empresa americana do setor de material de construção, implementou o LoweBot, um robô amigável programado para ajudar os clientes a encontrar os produtos que desejam. Muito prestativo, ele também auxilia os funcionários no controle de estoques.
Já o Pepper, um robô humanoide desenvolvido pela empresa japonesa Softbank Robotics, programado para conversar com os clientes, dar orientações e responder a dúvidas, provou aumentar o tráfego dentro de lojas físicas em 70% e as vendas em 13% em duas experiências-piloto separadas.
2. Recomendações de produtos personalizadas para aumentar a receita
De acordo com o relatório Personalization in Shopping (“Personalização nas Compras”), da Salesforce, os consumidores que clicaram em produtos recomendados gastaram cinco vezes mais por visita. Segundo o relatório, “visitas em que o consumidor clicou em uma recomendação (no site do varejista) representam apenas 7% do total, mas geram 24% dos pedidos e 26% da receita”.
O relatório da Salesforce também afirma que as pessoas que clicaram em uma recomendação de produto tinham maior probabilidade de passar mais de 10 minutos no site do que os outros consumidores. Nesse contexto, a Inteligência Artificial ajuda os varejistas porque tem o poder de analisar as preferências de cada usuário naquele exato momento e também seu histórico de compras e navegação.
Por exemplo, o consumidor pode estar interessado naquela mochila incrível mostrada no site, mas, às vezes, o que ele procura está escondido em meio aos muitos resultados da pesquisa. É aí que entra todo o poder da IA, que é capaz de identificar cada consumidor e colocar seu objeto de desejo na frente dele, tornando a experiência mais eficiente para o varejista e mais pessoal para o usuário.
3. Otimização na gestão de estoques, logística e entrega
A IA ajuda não apenas a aumentar as vendas e a satisfação do cliente, mas também a resolver questões logísticas que são enormes dores de cabeça. Antes, era difícil determinar com precisão quais e quantos produtos deveriam ser mantidos em estoque, pois os dados nem sempre estavam devidamente atualizados.
Com a Inteligência Artificial, as equipes de logística têm uma visão muito mais clara daquilo que tem maior probabilidade de vender, pois os algoritmos podem levar em consideração tendências, o clima, o comportamento do consumidor e o histórico de vendas a fim de otimizar os processos de trabalho. Como resultado, é possível otimizar a gestão de estoques e também a rota final de entrega (do centro de distribuição até o consumidor), conhecida como a última milha (last-mile).
Enquanto o uso disseminado de drones ainda está longe, redes de supermercados, como a Kroger, já utilizam veículos autônomos para entregar suas mercadorias. E a robótica avançada vem comprovando ser muito mais rápida e precisa que o ser humano na gestão de estoques e correspondências, reduzindo os tempos de entrega e deixando os clientes mais satisfeitos.
4. IA de reconhecimento facial para inovação e prevenção de perdas
A tecnologia de reconhecimento facial já existe desde a década de 1960, mas foi somente nos últimos anos que marcas e varejistas começaram a utilizá-la para dar novo gás às suas estratégias de marketing. A SKII, marca japonesa de cuidados com a pele, usou o software de reconhecimento facial como parte de uma experiência digital imersiva chamada “The Art of You” para analisar a pele e os traços faciais dos consumidores. Essa jornada personalizada foi extremamente importante para aumentar o awareness da marca.
A Inteligência Artificial veio para ficar
Na era digital, tudo sempre girou em torno dos dados. Hoje, porém, o foco é como transformar todos esses dados em inteligência. Não há dúvidas de que a Inteligência Artificial e o Machine Learning vêm causando uma profunda transformação no varejo. E mudanças mais drásticas estão por vir. Hoje, a IA é uma forte aliada dos profissionais de marketing, ajudando-os a turbinar a imensa quantidade de dados de que dispõem. E são muitos os benefícios: aumentar o awareness da marca, ter uma visão mais abrangente dos consumidores, melhorar a retenção e a fidelização de clientes e incrementar a receita.
Os profissionais de marketing que já conhecem a Criteo sabem o que é trabalhar com um parceiro de tecnologia poderoso e ter acesso às mais avançadas ferramentas para alavancar campanhas e alcançar seus objetivos de negócios. Nosso recém-lançado Criteo AI Lab reúne o Criteo R&D e o Criteo Engineering para desenvolver e integrar pesquisas de ponta em IA aos nossos sistemas de produção. A meta é impulsionar nossa compreensão sobre técnicas de Inteligência Artificial.
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