No mundo mobile, os consumidores são alvos que se movimentam entre ruas virtuais.
O geo-targeting no desktop foi revolucionário: os anúncios na internet passaram a ser mais relevantes com base na localização do usuário. Hoje, com recursos de GPS e Bluetooth integrados a todo smartphone, os varejistas estão refinando suas estratégias omnichannel para impactar consumidores em locais e situações específicas, muito além do desktop. Veja quatro maneiras de como o varejo atualmente utiliza a tecnologia de geo-targeting para impactar o consumidor com mais eficácia:
1. Localização de alvos em movimento.
Acessando serviços baseados em localização no smartphone, o anunciante pode acompanhar a jornada de compras. O pulo do gato está em convencer o consumidor a mudar de rota.
Digamos que uma rede de pizzarias local decida oferecer promoções especiais para encorajar o consumidor a pagar com determinado app – habilitado para serviços de geolocalização. Um dia, andando pela rua, você recebe pelo smartphone uma oferta tão tentadora que não vai resistir àquela pizza de pepperoni que você ama. É assim que funciona a tecnologia de geolocalização.
Os consumidores ainda são cautelosos quanto a compartilhar suas coordenadas. Porém, muitos ficarão felizes em abrir mão de certa privacidade em troca de promoções personalizadas, ainda mais podendo pagar via smartphone.
2. Construção de fronteiras virtuais.
Digamos que você esteja no shopping. Você entra em uma sapataria e, segundos depois, recebe uma notificação de um app no smartphone: 20% de desconto em qualquer sapato na loja concorrente do outro lado do corredor.
A loja que oferece cupons de desconto configurou uma cerca virtual geográfica — uma fronteira virtual por GPS em torno da concorrência. Essa abordagem agressiva de geo-fencing é conhecida como “geo-conquesting” — uma tática normalmente implantada em torno da concorrência para encorajar o consumidor a andar um pouquinho mais para aproveitar descontos ou promoções imperdíveis.
As geo-fences, e a geolocalização em geral, podem ser usadas de várias formas. Se estiver caminhando pela rua e encontrar uma marca parceira da sua pizzaria favorita (por exemplo, uma sorveteria com fabricação artesanal), você poderá receber uma notificação por push perguntando “Que tal uma paradinha para se refrescar?”. E por que não?
3. Configuração de beacons.
Os apps ajudam cada vez mais o consumidor a encontrar o que ele precisa e ama no mundo real. O varejista pode até mesmo configurar “beacons” para levar o consumidor até o local exato do produto que está procurando.
As geo-fences são úteis para segmentar usuários de aplicativos em grandes áreas. No entanto, os beacons são mais precisos, utilizando bluetooth para enviar notificações por push dentro de microlocalizações.
Usando beacons, o varejo físico pode atrair clientes de apps com ofertas e recomendações na porta. A Sephora, varejista do setor de beleza, usa a tecnologia de beacons para reconhecer quando os usuários do app estão em uma loja. Ela mostra um mapa da loja, o carrinho de compras online e uma lista de desejos, bem como promoções atuais.
4. Uso de lojas físicas como showrooms.
Certamente, alguns dos consumidores da Sephora podem estar na loja apenas para dar uma olhadinha e conferir as novas makes que comprarão mais tarde online. Em um mundo onde as compras online superam cada vez mais as vendas offline, o varejista muitas vezes tem dificuldade para determinar a relação custo-benefício de manter uma presença física. Hoje, mais do que nunca, o consumidor trata a loja física como showroom — um local onde pode ver, tocar e testar produtos, para depois fazer a compra online.
Com o geo-targeting, o varejista pode fazer um link entre a visita à loja física e a venda online. Para determinar se a presença física vale a pena, ele pode analisar o comportamento do consumidor dentro da loja, observando os itens que ele procura, e ver se esse consumidor finaliza a compra através do app ou da web.
5. Cuidado com a marcação geográfica excessiva.
É preciso tomar cuidado com o excesso de notificações baseadas em localização, que podem ser invasivas, insensíveis ou abusivas. Se você estiver apressado para uma reunião de trabalho e receber notificações de varejistas o tempo todo, poderá ficar irritado. Por outro lado, se estiver na rua e começar a chover, ficará feliz em saber que há uma loja pertinho com uma ótima promoção de guarda-chuva.
Usando as mídias sociais, o histórico do usuário e até mesmo detalhes, como o tempo e a hora do dia, você poderá personalizar a abordagem de geo-marketing. À medida que as marcas se voltam cada vez para o mundo omnichannel, procure-as para impactar consumidores no lugar certo, na hora certa, com sensibilidade e presença de espírito.